28 de julho de 2017

Época de eleição no Conselho de Contabilidade: muita encenação

Há algum tempo, recebemos um vídeo que circulou nas redes sociais, em que um deputado morreu e foi para o Céu. Para poder ficar no Céu, porém, ele teria que visitar o Inferno primeiro. O Diabo, sabendo disto, modificou o cenário do inferno para então conquistar o Deputado. Encantado, o Deputado não quis mais ir para o Céu e resolveu ficar no Inferno. Uma vez conquistado o Deputado, o Inferno voltou a ser o que era antes... O referido deputado, ao reclamar da enganação, recebeu a seguinte resposta do Diabo: “Ontem, deixamos tudo bonito para lhe conquistar. Hoje, como você não pode mais modificar o que decidiu, terá que arcar com a sua decisão.”

Esta anedota serve para alertar os profissionais contábeis. É ano de eleições para o Conselho de Contabilidade, momento em que os atuais conselheiros procuram desenvolver muitos cursos e encontros para conquistar novamente o voto dos profissionais. Toda esta movimentação para passar a ideia de que estão preocupados com a profissão.

Cumpre lembrar que a profissão contábil, após a criação do Conselho de Contabilidade, não obteve mais qualquer conquista profissional e até perdeu grande parte das prerrogativas e dos direitos que tinha. Hoje, outras profissões avançam sobre o campo profissional e não há sequer um controle dos profissionais responsáveis pela contabilidade das pessoas jurídicas.

Contador Salézio Dagostim
Presidente da Aprocon Contábil-RS e da Aprocon Brasil

24 de julho de 2017

Os escritórios contábeis e a prestação de serviços não remunerada para o governo

Os escritórios contábeis são os responsáveis pela execução dos sistemas de informática implantados pelo governo (nas esferas federal, estadual e municipal), para prestar contas dos tributos devidos pelos micro e pequenos empresários, uma vez que estes agentes não possuem contabilidade regular em suas dependências. 
 
Não fosse o trabalho executado pelos escritórios contábeis, o governo não teria condições, em função da quantidade reduzida de fiscais e agentes fazendários de que dispõe, de controlar, fiscalizar e de cobrar os tributos desses agentes econômicos.

São os escritórios contábeis que alimentam os sistemas de arrecadação tributária do governo, sem cobrar qualquer benefício ou contrapartida por isto; e, em troca desta prestação de serviços gratuita, o governo oferece aos escritórios contábeis um péssimo atendimento, em que o profissional, além de não receber a atenção devida, é obrigado a esperar horas para ser atendido. Esquece o governo que os profissionais contábeis estão lá para resolver um problema do seu próprio interesse.

A Receita Fazendária não disponibiliza um tratamento diferenciado que garanta o livre exercício profissional dos contadores ou mesmo o suporte técnico necessário para esclarecer as dúvidas surgidas durante a execução e a transmissão dos aplicativos, cabendo ao profissional buscar soluções externas.

Na verdade, o que acontece é que o governo vem introduzindo sistemas informatizados cada dia mais complexos, obrigando os escritórios contábeis a implementar a sua operacionalização, sem levar em conta se estes escritórios possuem capacidade técnica e operacional para cumprir esta demanda.

A execução destes sistemas implica, entre outras coisas, contratação de novos funcionários e treinamento dos antigos; adaptação constante a uma legislação que muda a todo instante; investimento em equipamentos novos que possam rodar os programas do governo; e isto tudo em um curto período de tempo, não raro, insuficiente para cumprir com todas as obrigações acessórias no prazo determinado, acarretando multas e outros problemas. 

Para o governo, o que importa é instituir mais e mais mecanismos para os escritórios contábeis prestarem serviços para a máquina estatal, sem que esta precise disponibilizar agentes para fiscalizar, controlar e arrecadar. Desta forma, já chega tudo pronto às mãos da administração estatal e seus fiscais podem se dedicar apenas à análise das informações recebidas. 

Criar obrigações para as micro e pequenas empresas sem avaliar os pesados custos que elas representam para os escritórios contábeis é um contrassenso. Já que o governo quer introduzir controles de arrecadação, o correto é ele próprio operacionalizar e apurar todos os tributos; e não transferir esta tarefa para terceiros a um custo zero. 

Está na hora de os contadores se unirem, através de seus sindicatos e entidades de classe, e acabar com este ciclo vicioso. Do contrário, se transformarão em verdadeiros “escravos” do governo. Se os bancos e instituições financeiras cobram por seus DOC’s, extratos, contas correntes e etc., por que um escritório contábil não pode cobrar pelo serviço que presta ao governo?!

21 de julho de 2017

A difícil tarefa de gerir um escritório contábil

Se não fosse o trabalho executado pelos escritórios contábeis, o governo não teria condições, em função da quantidade reduzida de fiscais e agentes fazendários de que dispõe, de controlar, fiscalizar e de cobrar os tributos das micro e pequenas empresas.
São os escritórios contábeis que alimentam os sistemas de arrecadação tributária do governo, sem cobrar qualquer benefício ou contrapartida por isto; e, em troca desta prestação de serviços gratuita, o governo oferece aos escritórios contábeis um péssimo atendimento, em que o profissional, além de não receber a atenção devida, é obrigado a esperar horas para ser atendido. Esquece o governo que os profissionais contábeis estão lá para resolver um problema do seu próprio interesse.

A Receita Fazendária não disponibiliza um tratamento diferenciado que garanta o livre exercício profissional dos contadores ou mesmo o suporte técnico necessário para esclarecer as dúvidas surgidas durante a execução e a transmissão dos aplicativos, cabendo ao profissional buscar soluções externas.

Para o governo, o que importa é instituir mais e mais mecanismos para os escritórios contábeis prestarem serviços para a máquina estatal, sem que esta precise disponibilizar agentes para fiscalizar, controlar e arrecadar. Desta forma, já chega tudo pronto às mãos da administração estatal e seus fiscais podem se dedicar apenas à análise das informações recebidas.

Já está na hora de os profissionais contábeis se unirem, através de seus sindicatos e entidades de classe, e acabar com isso. Do contrário, se transformarão em verdadeiros “escravos” do governo. Se os bancos e instituições financeiras cobram por seus DOC’s, extratos, contas correntes e etc., por que um escritório contábil não pode cobrar pelo serviço que presta ao governo?!

Contador Salézio Dagostim
Presidente da Aprocon Contábil-RS e da Aprocon Brasil

15 de julho de 2017

Reunião da Aprocon Contábil-RS em Dois Irmãos (RS)

Reunião da Aprocon Contábil-RS, no dia 15/7, em Dois Irmãos (RS), para deliberar as ações que serão desenvolvidas no CRCRS a partir de 1º de janeiro de 2018.

Um excelente encontro de trabalho na defesa da nossa atividade profissional, por um mais trabalho respeitado, digno e valorizado.



14 de julho de 2017

III Simpósio APROCON BRASIL

No dia 11 de agosto próximo, acontece o III Simpósio APROCON BRASIL, na cidade de São Luís, no Maranhão. Seguem informações e programação do evento.


5 de julho de 2017

Ética e legalidade na profissão contábil

Os profissionais contábeis questionam a aplicabilidade dos conceitos “ético” e “legal” na prática da administração do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pois quase sempre que a entidade é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Ministério Público Federal (MPF), ou na Justiça Federal, ela recorre ao princípio da legalidade, segundo o qual “se a lei não proíbe, não existe crime”, ainda que suas ações não obedeçam aos princípios da moralidade, da impessoalidade, da publicidade e da eficiência.

Pergunta-se, então: Pode o CFC ceder gratuitamente o 4º andar de sua sede em Brasília para a ABRACICON, entidade particular, dirigida pela esposa do presidente do Conselho? E, ainda, remobiliar este 4º andar, gastando com isto mais de 95 mil reais do dinheiro dos profissionais contábeis? Pode o Conselho Federal contratar plano de saúde e auxílio alimentação com valores superiores aos usados pelo trabalhador comum? Ou contratar uma entidade internacional, gastando milhões de dólares, para facilitar a indicação de contadores para a direção de determinadas entidades, cujos nomes serão dados pelos próprios membros do Conselho? Pode o CRCRS abandonar a sua sede própria porque foi atingida por uma tempestade, e, em vez de mandar consertar os estragos, alugar um novo prédio, para futuramente poder justificar a construção de uma nova sede? São tantas, e tão inusitadas, as impropriedades cometidas que se levaria muito tempo relatando.

Os dirigentes da entidade, sempre que questionados pelo órgão de fiscalização (quer pelo TCU ou pelo MPF) ou na Justiça Federal, recorrem à presunção de legalidade e veracidade dos atos administrativos, em função de serem servidores públicos, elaborando peças de contestação em papel timbrado com o brasão da República, valendo-se do escudo da proteção estatal.

Contratam, com o dinheiro das anuidades dos profissionais, dinheiro público, bancas de advogados influentes, gastando uma fortuna em honorários, mesmo contando com advogados próprios em sua folha de pagamento.

Alegam, em suas defesas, que as reclamações são originárias de uma minoria de profissionais descontentes, que querem apenas gerar tumulto na profissão, e que tal grupo de opositores não deve receber credibilidade do órgão de julgamento do Estado.

Confiam, ainda, na morosidade do judiciário em cumprir todas as etapas do processo para seguirem atuando em desconformidade com os procedimentos éticos, ao arrepio do que os membros da comunidade contábil almejam para a profissão.

A profissão contábil foi criada para ser a guardiã da riqueza nacional, para dificultar os desvios, as falcatruas e a corrupção nos agentes econômicos e sociais. Entretanto, não é isso que vem ocorrendo. A entidade que deveria dar proteção ao campo das atividades profissionais está mais ocupada em satisfazer os interesses de um grupo.

É por isso que o combate à corrupção dentro da própria entidade contábil é tão necessário, para que se possa iniciar um novo momento para a profissão, em que a ênfase seja no seu desenvolvimento e na sua valorização.

Contador Salézio Dagostim
Presidente da Aprocon Contábil-RS e da Aprocon Brasil