O Contador e Advogado Giovani Dagostim fala sobre o retrocesso protagonizado pelo governo ao voltar a taxar o trabalho, através da reoneração da folha de pagamento de salários. Tributar o trabalho e a mão de obra vai na contramão do desenvolvimento e da competitividade dos produtos brasileiros.
26 de setembro de 2024
23 de setembro de 2024
A importância da escrituração contábil e a autenticação do livro diário das empresas
O Contador e Advogado Giovani Dagostim fala sobre o livro diário contábil e a importante repercussão da sua autenticação para os fins societários, civis e tributários. Em setembro, encerra-se o prazo para os empresários gaúchos.
22 de setembro de 2024
DIA DO CONTADOR, 22 de setembro
Apesar de tanto tempo, os gestores e a sociedade ainda têm dificuldades em saber para que serve o contador e qual a sua função junto à sociedade.
Todas as profissões possuem um campo de estudo e de trabalho. O advogado estuda as leis para orientar seus clientes; o médico estuda o corpo humano; o veterinário, os animais; e, assim por diante. A seu turno, o campo de estudo e de trabalho do contador é o patrimônio, que é formado pelos ativos, passivos, receitas, despesas e custos, e todas as suas variações e mutações. Assim, o contador estuda o patrimônio dos agentes econômicos e sociais para orientar o seu cliente.
Sendo assim, o objetivo do profissional contador é o de orientar os seus clientes, examinando os atos da gestão para tecer as suas conclusões técnicas, evitando que eles tenham problemas econômicos, financeiros e patrimoniais futuros decorrentes de uma possível má gestão.
Outra função do contador é a de realizar perícia, respondendo a questionamentos que envolvem o patrimônio. Ele revisa o que outros contadores fizeram, através de auditorias, para atestar junto a terceiros que as contas e os valores monetários que formam aquele patrimônio estão corretos. Em suma, sempre que o assunto envolve o patrimônio monetário das pessoas, será da alçada do contador, pois faz parte do seu campo de trabalho.
Como o patrimônio não nasce pronto, mas é constituído pelos atos praticados pelos gestores, é necessário que o contador valide as demonstrações contábeis que representam este patrimônio, agregando a sua assinatura para que eles tenham validade jurídica.
O contador é o responsável por validar resultados econômicos e financeiros, podendo deixar as pessoas mais ricas ou mais pobres por meio de uma simples mudança de critério de escrituração. Se as normas técnicas não forem observadas, por exemplo, uma simples mudança de critério nos registros contábeis pode alterar índices financeiros e econômicos, atribuindo um maior ou menor risco de solvência e de lucratividade.
Portanto, o Contador exerce uma função de grande relevância e de impacto na sociedade e deve exercer as suas atividades sempre com muita ética e responsabilidade.
Parabéns, contadores, pelos seus 79 anos de existência! A sociedade precisa do seu trabalho para alavancar o desenvolvimento econômico e social do Brasil! Com Ordem, teremos Progresso!
18 de setembro de 2024
Congresso de Contabilidade - 2ª Parte - O valor da inscrição
Na segunda parte do programa Conversando sobre Contabilidade do dia 5/9, o Professor Contador Salézio Dagostim tece considerações sobre o valor da inscrição para participar do Congresso Brasileiro de Contabilidade. Para Dagostim, o valor da inscrição deveria ser de acordo com as possibilidades dos profissionais, pois os profissionais contábeis já pagam um alto valor de anuidade para o Conselho, que cobre boa parte dos custos do evento.
16 de setembro de 2024
Congresso de Contabilidade - 1ª Parte - Local para debater assuntos técnicos
Na segunda parte do programa Conversando sobre Contabilidade do dia 5/9, o Professor Contador Salézio Dagostim tece considerações sobre o valor das inscrições do Congresso de Contabilidade e das anuidades. Para Dagostim, as inscrições poderiam ser mais de acordo com as possibilidades dos profissionais os profissionais contábeis já pagam um alto valor de anuidade para o Conselho, que cobre os custos deste evento.
6 de setembro de 2024
Os congressos brasileiros de contabilidade precisam mudar
No programa Conversando sobre Contabilidade do dia 5/9, o Professor Contador Salézio Dagostim tece considerações sobre os congressos brasileiros de contabilidade, salientando a necessidade de mudanças profundas no formato destes eventos para adequá-los às necessidades e prioridades dos profissionais contábeis.
5 de setembro de 2024
Os congressos brasileiros de Contabilidade precisam mudar
Frequentemente, recebemos questionamentos sobre o motivo por que não temos participado dos últimos congressos de Contabilidade, que costumamos responder apontando as seguintes questões.
A primeira diz respeito ao valor da taxa de inscrição. Os encontros da profissão, no nosso entendimento, deveriam ter um valor simbólico, pois os profissionais precisam arcar com outros gastos além da taxa de inscrição, tais como hospedagem, alimentação e passagem aérea ou terrestre. Então, este valor deveria ser simbólico, porque são os próprios profissionais que pagam pela montagem e pela realização dos congressos, através das anuidades altíssimas cobradas pelos conselhos regionais de contabilidade (CRCs). 20% desta arrecadação é repassada ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que, com esta verba, paga pela realização do congresso.
Se o Conselho cobrar do profissional por sua participação no evento, estará de fato cobrando em duplicidade. Acontece que quem recebe as taxas de inscrição e o valor da locação do espaço para os expositores disponibilizarem os produtos e para os conselhos regionais terem um espaço para reunião não é o Conselho Federal de Contabilidade, mas uma entidade privada. Assim, o dinheiro sai do Conselho Federal e a renda do evento vai para uma instituição privada.
Como o valor da taxa de inscrição é elevado e a maioria dos profissionais não tem condições de arcar com os gastos, a procura tende a ser pequena. Então, para a entidade citada arrecadar mais, os conselhos regionais passaram a pagar os gastos da participação (com inscrição, hospedagem e passagem) para os seus convidados e conselheiros. Assim, o contador contribuinte paga novamente, uma vez para o CFC realizar o congresso; e, outra, pelos gastos dos convidados dos conselhos regionais de contabilidade.
Esperamos que o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal dediquem uma atenção especial a este assunto e apurem as responsabilidades devidas.
A segunda questão é que os congressos de contabilidade costumavam ser encontros para os profissionais debaterem e tirarem conclusões sobre determinado tema central, para apresentarem trabalhos, estudos e novas descobertas em prol da profissão, que seriam submetidos à aprovação dos seus pares, antes de serem postos em prática.
A partir do congresso de 2004, na Cidade de Santos (SP), os congressos passaram a ser realizados para apresentar palestras de convidados sobre assuntos de interesse dos dirigentes do Conselho Federal, e não mais para discutir assuntos de interesse dos profissionais contábeis. Assim, os congressos perderam o seu cunho técnico e passaram a ter ares de um evento político e social, para divulgar ideias relacionadas aos objetivos do Conselho, sem preocupação com os problemas dos contadores brasileiros e sem direito ao livre debate e à apresentação de novas propostas.
Para dar credibilidade a este novo formato de evento, o Conselho Federal subordinou as entidades do universo contábil (estudantes, professores, academias e sindicatos) a aceitarem este modelo, tirando deles o direito à independência e à livre iniciativa. Quem comanda tudo agora é o Conselho Federal, inclusive nos conselhos regionais, que deixaram de ter iniciativa própria. Quando alguém se rebela contra as propostas apresentadas, é considerado inimigo do sistema, e, consequentemente, excluído das entidades.
Os congressos de agora são encontros sem foco nos problemas e nas atividades dos profissionais. Não servem mais para implementar melhorias no ensino, para discutir mudanças na forma de realizar o Exame de Suficiência, para estabelecer o controle das atividades contábeis ou para instituir mecanismos que fortaleçam a fiscalização das atividades contábeis. Enfim, muitos são os assuntos que poderiam ser discutidos e deliberados nos congressos brasileiros de Contabilidade, mas isso infelizmente não acontece mais. Atualmente, o que o Conselho Federal de Contabilidade faz é copiar as normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS), obrigando os profissionais ao seu cumprimento, sem antes sequer discutir se tal norma serve ou não para os contadores brasileiros.