24 de maio de 2017

O MPF e o TCU precisam auditar as contas dos Conselhos de Contabilidade

A corrupção nas entidades se materializa de  diversas formas e é praticada normalmente em função da baixa instrução política de seus membros, que, muitas vezes, pactuam com o sistema corrupto sem saber que estão sendo corrompidos.

Os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade realizam diversos eventos profissionais, tais como congressos, simpósios, convenções, cursos, encontros e etc., que são desembolsados pela autarquia, ao passo que quem cobra as taxas de inscrição dos profissionais participantes são entidades particulares (academias e Fundação).

Também o Conselho de um Estado paga para participar dos eventos em outros estados, o que configura um pagamento em duplicidade: um para realizar o evento e outro para participar do evento que ele próprio realiza.

Então, os gastos pertencem ao profissional contábil, pago através das anuidades, que são cobradas de forma abusiva; enquanto que o ressarcimento destes gastos (que é a taxa de inscrição e participação), segue para entidades particulares, beneficiando determinados grupos.

A questão que se coloca é: A maneira como as entidades referidas realizam estes eventos é ou não uma forma de corrupção? Por que os conselheiros pactuam com isto?

O MPF e o TCU precisam urgentemente auditar as contas do Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade. Os profissionais precisam saber onde estão sendo aplicados os 50 milhões arrecadados por ano pelo Conselho Federal, bem como os outros 200 milhões arrecadados pelos Conselhos Regionais.

Contador Salézio Dagostim
Presidente da Aprocon Contábil-RS e da Aprocon Brasil

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