28 de setembro de 2010

Contabilidade e Política: caminho de mão única

É injustificável não se divulgar mensalmente quem pagou, quanto pagou e onde os recursos dos tributos foram aplicados.

É injustificável ver os escritórios contábeis prestando serviços de interesse exclusivo do governo (registro, apuração e elaboração das guias de recolhimento de tributos), e saber que quem paga por isso são as empresas, sem que elas recebam qualquer benefício por esse pagamento.

É inadmissível ter que pedir para a própria empresa as suas demonstrações contábeis, sendo que essas demonstrações integram as pessoas jurídicas na sociedade e viabilizam a realização de negócios.

É inadmissível ver os tribunais de contas e a Controladoria Geral da União serem operados por profissionais não contadores.

É inadmissível ver as perícias contábeis e as apurações de haveres (função essa desenvolvida por fiscais de tributos) serem exercitadas por não contadores.

Este país requer transparência, requer proteção dos recursos públicos, requer que se dificulte a corrupção, as falcatruas e a malversação dos recursos públicos. Este país precisa de controles.

Dessa forma, a Política e a Contabilidade estão interligadas, são um caminho de mão única. E, quando se diz que a Contabilidade e a Política são um caminho de mão única, está se dizendo que uma depende da outra.

Proteger a Contabilidade é proteger os recursos do povo, de quem trabalha, de quem contribui honestamente, de quem paga para construir um país melhor.

O Contador completou, no dia 22 de setembro, 65 anos de existência. Parabéns, Contador! O Brasil precisa de você!

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