25 de agosto de 2016

O desinteresse pela contabilidade no Brasil

Nos países mais avançados, a profissão de Contador Público é bastante valorizada. Aqui no Brasil o mesmo não acontece. Nosso país ainda não descobriu a contabilidade, sua finalidade e relevância social. Ainda não descobriu que toda a riqueza que se produz passa obrigatoriamente pelo Contador. É ele que transforma os acontecimentos monetários em informações econômicas, financeiras e patrimoniais, comunicando-se com a sociedade através destas informações. É o Contador que analisa, que revisa, que opina, que sugere e que orienta a sociedade sobre “quem é quem” na economia nacional.

Enquanto em outros países a contabilidade é tratada como algo indispensável para o desenvolvimento nacional, aqui a contabilidade é tratada como algo necessário, mas sem importância, como uma “despesa” para a pessoa jurídica. O governo dá mais importância a determinados controles administrativos e orçamentários do que à própria escrituração contábil. Este desinteresse pela contabilidade favorece, possibilita a corrupção, a sonegação, os desvios e as falcatruas com o dinheiro público.

Em outros países, a contabilidade é a responsável pela ordem na riqueza nacional, o que evita a malversação dos recursos públicos. O Contador não é visto como mais um trabalhador. Ele é protegido no exercício de suas funções, e, para que ocorra sua demissão, é necessário justificar junto aos órgãos públicos as razões pelas quais ocorreu tal fato.

Nos países desenvolvidos, a profissão é de interesse nacional; aqui, é de interesse particular, mas com as responsabilidades de uma profissão de interesse nacional.

Contador Salézio Dagostim
Presidente da Aprocon Contábil e da Aprocon Brasil


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