15 de fevereiro de 2017

Conselho Federal de Contabilidade mantém sistema próprio de eleição

A perícia judicial realizada no sistema eleitoral do Conselho Federal de Contabilidade concluiu que o sistema atual não se presta para os fins propostos, pois apresenta risco de manipulação.

O CFC, ao saber do resultado, constituiu uma Comissão para elaborar uma nova Resolução para tratar do tema.

Contudo, o Conselho sequer esperou a decisão da sua Comissão, e, no dia 18/1, publicou um aviso de licitação na modalidade “pregão eletrônico”, para que uma nova empresa forneça um novo sistema eleitoral em menos de dez meses.

Se um sistema que vem operando há mais de dez anos, implantado por esta administração que comanda o CFC desde o início, não é suficiente para assegurar a segurança e a lisura do resultado do pleito, imagine que segurança esta nova empresa poderá oferecer aos eleitores com um sistema elaborado às pressas? Até porque o CFC licita por “pregão eletrônico” um sistema que depende de alta tecnologia, sabendo que esta modalidade de “pregão eletrônico” é uma modalidade de licitação usada para aquisição de bens e serviços comuns, que podem ser substituídos por outros mantendo o mesmo padrão de qualidade e eficiência, o que não é adequado para as eleições.

Para a APROCON, o CFC deveria zelar mais pelo dinheiro dos profissionais e não gastar milhões de reais com um sistema que nada acrescenta à profissão, podendo usar as urnas eleitorais do TSE, que são praticamente gratuitas, ou qualquer outro sistema decidido pelas chapas concorrentes.

A contabilidade, por ser uma profissão de relevância social, não pode continuar sendo gerida por um grupo que mais se preocupa em salvaguardar os seus interesses do que com o futuro da profissão.

Contador Salézio Dagostim
Presidente


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